No contexto da produção artística contemporânea, é possível observar que a construção de arquivos tem sido uma ferramenta significativa para os artistas, servindo de alicerce para a criação de novas obras. Estes acervos resguardam documentos que são essenciais para compreender como os trabalhos são concebidos e em que contexto isto acontece. É nesta conjuntura que o objeto de estudo desta pesquisa, o artista brasileiro Mauro Restiffe, se insere. Ele é um fotógrafo que produz de maneira intensa e que possui um arquivo com mais de cento e cinquenta mil imagens. Sua produção visual tem lugar de destaque no cenário da Arte Contemporânea nacional e internacional. Seu trabalho está pautado na concepção de imagens analógicas, que são realizadas com a mesma máquina desde que começou a fotografar, em meados dos anos de 1990. Com imagens que carregam um tom de atemporalidade, devido ao uso da película preto e branca de alta sensibilidade, em linhas gerais, o artista se interessa por registrar os seguintes temas: arquitetura, paisagens, cotidiano, espaço urbano, eventos históricos, ateliês de artistas e trabalhos artísticos. Partindo de tais aspectos, este trabalho se propõe analisar os procedimentos utilizados por Restiffe para realizar seus trabalhos, sob o ponto de vista da teoria de processo de criação.
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