A pesquisa parte de algumas questões referentes à experimentação contemporânea fotográfica, como a relação entre arquivos e obras mostrados publicamente; a percepção da difusão de um discurso sobre o processo criativo na promoção da experiência e do conhecimento no campo; a emergência de uma produção sob o formato de projetos fotográficos cuja natureza volta-se para o hibridismo e heterogeneidade de práticas, suportes e materiais; e os diálogos com as lógicas dos ambientes digitais e suas decorrências sob a forma de plataformas imagéticas. Diante dessas novas condições do fotográfico vinculadas a aspectos de diversidade e mobilidade, a pesquisa oferece alguns caminhos pertinentes a uma crítica relacional para a fotografia enquanto uma trama comunicativa complexa: o pensamento fotográfico. O corpo teórico é formado por um quadro multidisciplinar e composto por dois eixos centrais interligados. O primeiro, de base semiótica de C. S. Peirce, dedica-se às relações entre os estudos de rede em processo de Cecilia Salles e os sistêmicos de Jorge Vieira e Mario Bunge, que inclui conceitos como de organização, integrabilidade e conectividade. O segundo, recorre às discussões específicas sobre fotografia pertinentes aos estudos de Arlindo Machado, Rubens Fernandes, dentre outros, somadas às comunicacionais de Edgar Morin e Lucia Santaella. A estratégia metodológica corresponde a três momentos interligados: o estudo crítico relacional de problemas vinculados aos casos detonadores como projetos, publicações, arquivos, exposições e eventos de debate cujo recorte é norteado pelas recorrências de temas e tendências; o levantamento teórico pertinente aos campos processual, sistêmico e fotográfico; e o tratamento empírico de índices processuais para o desenvolvimento de perspectivas e propriedades que trazemos aqui como a proposta do pensamento fotográfico. Confira a pesquisa completa abaixo:


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